Campanha de apoio à saúde das gestantes.

Boa para você, ótima para sua saúde! Campanha de apoio à saúde das gestantes.

Durante a gestação algumas mães podem desenvolver anemia e devemos nos atentar para que isso não ocorra. O ferro é um mineral de extrema importância para o desenvolvimento do feto e no terceiro trimestre da gestação essa necessidade aumenta ainda mais. Nosso corpo precisa de ferro para realizar a produção de hemoglobina e também para ajudar na manutenção de um sistema imunológico saudável. Uma vez que você fique grávida, o ferro passa a ser ainda mais importante, pois a quantidade de sangue aumenta do seu corpo, então mais ferro é necessário para produzir mais hemoglobina.

Profissionais se dispuseram para nos ajudar nesta campanha importante e essencial para as gestantes e apresentamos para vocês a enfermeira obstetra Ana Maria Magalhães, com mestrado na área, possui 10 anos de experiência na assistência pré-natal e assistência ao parto e nascimento. Durante a sua caminhada integrou o quadro de preceptores/professores da Universidade de Itaúna e UFMG. Hoje em Campinas-SP, mantém o seu envolvimento em pesquisas científicas na área da saúde da mulher, iniciadas nessas mesmas instituições. Abaixo um de seus ensinamentos:

“Antes de tentarmos entender a importância do ferro para uma gestante, precisamos compreender que o ferro é um mineral necessário na alimentação de qualquer pessoa, mesmo aquela que não está grávida.
As hemácias ou glóbulos vermelhos, que são componentes do nosso sangue, dependem do ferro para produzir a hemoglobina, uma molécula presente nos glóbulos vermelhos responsáveis pelo armazenamento e transporte de oxigênio à todas as partes do corpo. Em outras palavras, todas os órgãos do nosso corpo só recebem sangue rico em oxigênio porque ele foi transportado pelas hemoglobinas (presentes nas hemácias) que, por sua vez, só foram produzidas pela presença desse mineral tão importante que é o ferro. Uma vez que uma mulher fica grávida o ferro passa a ser ainda mais importante.” (Ana Maria Magalhães)

Ela nos ensina o porquê que o corpo gravídico precisa de mais ferro do que uma mulher que não está grávida.

“Se dissemos anteriormente que as hemácias transportam oxigênio à todas as partes do nosso corpo, temos que admitir que o corpo gravídico, ou seja, o corpo da mulher grávida, tem agora um órgão que crescerá de forma acelerada, que é o útero, e dentro dele um feto que se desenvolverá de forma ainda mais acelerada, o que demandará um volume maior de hemácias no sangue para transportar a eles um volume maior de oxigênio. Como resposta a essa necessidade do corpo de uma mulher grávida, ocorre um aumento significativo na produção de hemácias, e com isso um aumento também significativo na demanda de ferro para produzi-las.” (Ana Maria Magalhães)

Você sabia que o ferro além de ser importante para as gestantes também é essencial para o feto? A enfermeira obstetra Ana Maria Magalhães explica o porquê.

“Além da relação do ferro com a produção de hemácias da mãe, o ferro tem também importância específica para o feto que está crescendo. Nele, além da formação das suas hemoglobinas – já que o feto já produz as suas próprias hemácias – o ferro é essencial para o desenvolvimento do seu sistema nervoso central, que nada mais são que o cérebro e a medula espinhal.” (Ana Maria Magalhães)

Gestantes, vamos nos atentar para a deficiência de ferro que pode levar a anemia, apesar de comum, essa carência é grave. Leia o que a enfermeira obstetra Ana Maria Magalhães escreveu sobre:
“A anemia por deficiência de ferro é a deficiência nutricional mais prevalente em gestantes e qualquer outro tipo de paciente no mundo, particularmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil. A carência desse mineral é sabidamente responsável por acometimento da saúde materna e fetal e pode provocar desde o parto prematuro, baixo peso do bebê ao nascer e, em caso mais graves, a morte materna. Isso porque com a deficiência do ferro, torna-se também deficiente a produção de hemoglobinas e consequentemente deficiente o transporte de oxigênio para mãe e feto.

Apesar de parecerem complexas todas as mudanças que ocorrem no corpo de uma mulher que engravida, é importante reconhecermos a gestação como um processo fisiológico. Isso quer dizer que, salvo as raras exceções, gravidez não é doença e deve ser levada como um processo natural e saudável do corpo e da vida de uma mulher. Infelizmente, vivemos hoje em uma sociedade medicalizada, que propõe para praticamente tudo a reposição artificial de nutrientes. Mas apesar de assumirmos o aumento da demanda de ferro no corpo de uma gestante, a reposição desse mineral e de tantos outros, não necessariamente precisa ser feita por meio de medicamentos. Se não houver uma indicação clínica/médica, uma alimentação adequada e nutritiva, incluindo alimento que são fonte de ferro, pode ser capaz de manter em níveis normais as taxas de hemoglobina no sangue de uma gestante.” (Ana Maria Magalhães)

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